Voando num sonho.
Vamos agora voar nesse imenso vazio.
E contar nosso segredos as estrelas.
E lhes dizer o quanto desejamos tê-las.
O quanto nos inspiram e falam
De pessoas saudosas e amadas.
Vamos dizer a elas que seu brilho
É apenas um detalhe num espelho
À refletir o brilho de nossos olhos
A passar radiantes por elas.
Vamos falar de nossos sonhos
Que sempre se realizou
Que elas eram os atores
Deste sonho que não findou.
Pois voamos entre elas.
Passeamos nos seus jardins.
Visitamos os seus museus.
Onde fora cuidadosamente guardado
O brilho das maiores estrelas do céu.
E esse brilho era quase real
Quando nos despertaram do sonho.
E a mim pareceu tão real o brilho de estrelas
Bem dentro dos olhos teus
Lindas estrelas marcantes
Não percebi que eram lágrimas
Que caiam lentamente ao chão.
Mas vamos continuar voando
Tentando descobrir no espaço
Onde esconderam as estrelas
Em que buraco ficaram perdidas
E quem roubou nossos olhos
O que foi feito de nossas lágrimas
Se elas se transformaram em pedras
E tenham caido na terra
Impressionando aos homens
Com seus lindos raios sem fim
A refletir o que chamam tristeza
Ou quem sabe alegria sem fim.
Onde estarão vagando os ternos amores que tivemos?
Se é que tivemos ou sonhamos
Sem saber que as estrelas nos roubaram
Com inveja do brilho desses sonhos.
Porisso, agora,
Olhamos atentos o céu
Vemos algums cair
Ou talvez fossem as lágrimas
Que nos ofuscaram a visão?
Se formos simples poetas?
Talvez poetas estelares.
Se sonharmos assim eu talvez descubra meus olhos
Que ficaram eternamente perdidos nos teus.